Setenil de Las Bodegas
Se um dia te mandarem a Setenil procurar uma casa branca, desista: todas as casas são brancas! O ayuntamento pertence ao que chamam por lá de ‘Ruta Arqueologica de Los Pueblos Blancos’ e, por lei, as casas têm que ser pintadas de branco.
É assim, parece um comercial do Omo.
No centro do povoado muitas casas e comércios são incrustados nas paredes rochosas, que são escavadas e depois muradas onde necessário.
Algumas têm apenas um muro: a parede da fachada. |
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E, bem no centro, paralela a Calle Cuevas del Sol, está a Cuevas del Sombra, completamente coberta pelas rochas:
Setenil também foi ocupada pelos mouros, e sua herança sofreu o mesmo processo de, digamos, assimilação pelos católicos: o castelo virou igreja e os muros foram incorporados à arquitetura da cidade.
Hoje vive principalmente da agricultura, notadamente o cultivo de oliveiras, d’onde extraem azeite e produzem sabonetes e outros produtos. Há algum movimento turístico, mas em hordas diurnas: só há um hotel na cidade e os turistas normalmente se hospedam em Rota, uma cidade maior mais próxima, e fazem uma excursão por lá.
Bem, como meus dois avós paternos vieram daqui, metade de meus genes têm cá sua origem… Certamente o da calvíce: um terço dos homens é calvo, um terço usa boné, e o resto acho que eram turistas
Quanto ao temperamento não sei, a minha passagem por lá foi muiiiito rápida e não deu para brigar com ninguém, então fica para uma próxima expedição.
E por falar em parentes, com a ajuda do primo Ermínio que me deu um endereço, encontrei alguns do lado de minha vó. Gente simples e boa, cheguei lá de surpresa e fui bem recebido; e dá-lhe gastar portunhol para nos entendermos e tentarmos restaurar um pouco da árvore genealógica de uma família que se separou na década de 1920. Foi, como outros momentos desta viagem, emocionante e inesquecível.
E o último álbum, para finalizar a aventura…