Carnívora…
vegetariana:
E o bicho ficou lá, acabei de verificar e aposto que está dormindo. E minha planta carnívora morrendo de inanição
vegetariana:
E o bicho ficou lá, acabei de verificar e aposto que está dormindo. E minha planta carnívora morrendo de inanição
Taí, mais uma vez comprovo que o peru (ou chester, ou frangão, ou leitão, ou pernil… bem, qualquer ave ou corte ‘típico’ do fim de ano, exceto peixe) pós-festas fica melhor que o das ceias. Sem fotos porque não sobrou nada, uma receita rápida:
Peru póstumo
Ingredientes (tudo a gosto):
. aquele peru que foi parar na geladeira depois do almoço de natal ou 1o de ano,
. azeite,
. cebola,
. tomate,
. salsinha e cebolinha picados.
Modo de preparo:
. com as mãos limpas, dechave (ou dichave… há controvérsias… bem, você sabe o que fazer!) a carne do peru em pedaços, descartando os ossos.
. refogue a cebola com azeite, numa panela que caiba o peru dechavado.
. depois acrescente os pedaços do peru, mexa, e deixe uns minutos.
. despeje o tomate picado, deixa mais um tanto no fogo, e depois coloque um pouco de água, até cobrir a gororoba.
. deixe ferver em fogo alto até baixar um tanto a água.
. desligue o fogo e acrescente a salsinha e cebolinha, tape a panela e desencana uns minutos, até esfriar um pouco.
Aí regale-se com o resultado mais um resto de farofa ou arroz (este prato repele outros alimentos frescos).
E até outro fim de ano
Acabei entrando em uma campanha sem saber: há algum tempo institui um dia sem carne no meu cardápio e calhou de ser segunda-feira.
E ontem lá no Nutrison (Viaduto 9 de julho, 160 – Centro), que tem um buffet bem completo e a comida é boa – preço fixo: R$ 17,80, um jornal colado à parede falava sobre a Segunda sem carne, que pesquisando agora descobri ser uma campanha Marcatista (do Paul McCartney, não do Joseph McCarthy ) e que está sendo adotada aqui em Sampa também:
Aqui uma lista de restaurantes ou vegetarianos ou que têm opções de refeições sem carne – o que é importante, pois num restaurante ‘normal’ um dia sem carne normalmente implica num dia de fome.
Legal ser 1/7 vegetariano, e com companhia!
Retribuindo umas receitas do Théo, do Akelacoisatoda, vai aqui a do meu já tradicional e consagrado Bolo de Cenoura, com a receita original do livro alterada com dicas adquiridas em anos de experiências.
Ah, mas como o mundo evolui, neste resolvi inovar e coloquei chocolate granulado na massa, e ficou bom.
Massa | Cobertura |
3 cenouras picadas 4 ovos 1 xícara de óleo 2 xícaras de açúcar 3 xícaras de farinha de trigo 1 colher de sopa de fermento em pó 1 pitada de sal |
4 colheres de sopa de chocolate em pó 2 colheres de sopa de açúcar 1 colher de sopa de manteiga 2 colheres de sopa de leite |
O Bolo
- primeiro peneire o açúcar numa tijela e guarde o que não passar na peneira para usar na cobertura – complete o açúcar da massa se achar que peneirou muito.
- aí é para bater no liquidificador a cenoura, os ovos, o óleo, o açúcar e o sal, mas atenção: não ponha tudo de uma vez no liquidificador antes de ligá-lo! Provavelmente as cenouras vão travar nas lâminas e o motor vai parar… se você persistir vai sair fumaça do aparelho (hummm… acredite). Então bata 1o os ovos e o óleo, depois vá colocando os pedaços de cenoura, aos poucos. Bateu bem? Então agora vá colocando o açúcar, até ficar um creme.
- muito bem, agora sim ligue o forno em uns 200 graus (centígrados). As receitas normalmente pedem para você ligar o forno antes de separar os ingredientes: não se engane, é complô das companhias de gás.
- numa tijela, coloque a farinha e o fermento, misture. Agora vá colocando aos poucos o creme que está no copo do liquidificador, mexendo com uma colher de pau. Depois que colocou tudo que tinha no liquidificador, continue mexendo no sentido horário ou anti-horário, tanto faz. Quando você perceber que estão se formando umas bolhas na massa, não se assuste, só indica que está pronto.
- agora a novidade opcional: coloque chocolate granulado e misture mais um pouco… acho que eu coloquei umas 50 gramas, que era metade da embalagem. Bem, isso é de gosto.
- coloque numa fôrma com buraco no meio e leve ao forno. Demora uns 35/40 minutos para ficar pronto, o que você comprova furando o bolo com um palito e, se sair seco, tire do forno, ponha para esfriar, desenforme quando ficar morno.
A Cobertura
Basicamente é jogar todos aqueles ingredientes (não esqueça de usar o açúcar que você separou) numa panela pequena, ligar o fogo, misturar até ferver, deixar uns 3 minutos, e pronto. Com o tempo você vai ajustando as quantidades para obter a consistência que você mais gosta. Aí é só, ainda quente, despejar no bolo.
Pronto | Desenformado |
Virado | Coberto |
Comido
Resolvi pedir uma dica ao Google para preparar uma alheira que há tempos me aguardava e encontrei uma receita deliciosa.
Deliciosa antes mesmo de ser preparada (os grifos são meus):
Um amigo transmontano ensinou-me a melhor maneira de fazer as alheiras. Nada como as que comemos por aí em qualquer restaurante. A boa alheira requer tempo a ser cozinhada. Fura-se primeiro com uma agulha. Muitos furos, por onde há-de sair a gordura. Planta-se dentro de uma frigideira, sem qualquer gordura (a gordura que ela vai libertar é mais que suficiente) e a uma temperatura baixa. Se for numa placa eléctrica, numa escala de 1 a 5, ponha-se no dois. Este processo de fritura, dura pelo menos uma hora. Por isso, calminha, aproveite-se o tempo a beber uns copos e um queijinho de entrada.http://familiaantunes.wetpaint.com/page/Alheira
A minha não deu certo, a alheira meio que explodiu na frigideira, mas deu para curtir uma receita que pede para, depois d’eu plantar a alheira dentro da frigideira, calminha e sugere beber uns copos durante o preparo; que me fez descobrir
sertã
s. f.
Frigideira larga e de pouco fundo, de ferro ou de barro; e
vir a talhe de foice expressão
; relembrar a Praça da Figueira e o Rossio; e ficar intrigado com qual barato pensam que se encontra ‘nas grandes superfícies…’
Deliciosa.
É isso aí, aqui em Cádiz também há caracóis. E, desculpem-me os portugueses, os daqui são melhores: mais temperados, com pimentões, cebola, e uma erva de cheiro que não identifiquei. Ficam mais saborosos, e são servidos em uma tijela*, o que os mantêm quente por mais tempo.
Depois jantei um “Gallo empanado”: gallo é um peixe bem saboroso e com a consistência parecida com nosso pescado, mas pouco mais encorpado. Servido com salada de repolho cru e um creme branco não identificado, bem leve. Acompanhou bem.
Perguntei pro Google sobre o gallo, para ver se tem por aí, mas parece que não: o mapa diz que o Lepidorhombus whiffiagonis só tem por aqui.
* no outro post sobre caracóis comentei que me servi do jeito errado, sem separar o prato sob o qual serviram os caracóis… pois é, deve ter sido alguma memória ancestral: aqui o prato sob a tijela onde os caracóis são servidos fica lá, e para ela vão as conchas vazias. Ninguém me ensinou, foi monkey-see-monkey-do com a mesa ao lado. Então fiz do jeito certo na 1a vez, o jeito da terra dos meus avós
Se Darwin estudasse a evolução culinária certamente chegaria à conclusão que nossa Feijoada evoluiu do Cozido à Portuguesa: troque feijão preto por branco, paio por chouriço (a linguiça, não o corte argentino/uruguaio), a couve por repolho, o molho de pimenta por piri-piri. e pronto, temos um Cozido à Portuguesa.
Claro, isso só vale se o Cozido já existisse na época da escravidão no Brasil, mas creio que sim.
Ah, fica faltando a farofa e a caipirinha!
“A Ginjinha do Largo de São Domingos, propriedade de um galego, de nome Espinheira, foi o primeiro estabelecimento em Lisboa a comercializar a bebida que lhe dá o nome e que rapidamente se transformou num ex-libris da cidade. Por conselho de um frade da Igreja de Santo António, Espinheira fez a experiência de deixar fermentar ginjas dentro de aguardente, juntando-lhe açúcar, água e canela. O êxito foi imediato, quer por ser doce, quer por ser barato, e a Ginjinha transformou-se na bebida típica de Lisboa.”
É bom.
Havia até me esquecido da dica do Sérgio, “Veja se encontra umas plaquinhas ‘Há caracóis’ nos restaurantes e experimenta.”
Era em um boteco repleto de bebuns portugueses e um brasileiro, aos quais me somei e experimentei caracol de jardim cozido.
ATENÇÃO!!! O link abaixo é desaconselhável para os que têm nojo e o estômago fraco